Segundo o índice da MCC-ENET, o e-commerce brasileiro cresceu 73,88% em 2020, atingindo um faturamento 55,74% maior do que o de 2019.
A expectativa para o ano de 2021 é de que o setor cresça 26% e alcance um lucro de R$ 110 bilhões, de acordo com a Nielsen. Porém, apesar de os números serem animadores, para Yan Di, diretor-geral da AliExpress no Brasil em entrevista à Folha de São Paulo, ainda falta competitividade no âmbito nacional.
O mercado no país latino-americano, afirma o executivo, tem potencial de crescimento, mas ainda é considerado pequeno. Enquanto a China faturou cerca de US$ 1 trilhão em 2020, o e-commerce brasileiro chegou apenas ao valor de US$ 15 bilhões.
A discrepância continua enorme se olharmos os números do varejo. Enquanto o brasileiro teve uma participação de 10% no setor, a China ocupou 50%. Se em um primeiro momento esses dados são desmotivadores, eles apenas mostram o quanto ainda podemos crescer.
Segundo o diretor-geral do AliExpress, há ainda alguns pontos nos quais o nosso e-commerce precisa melhorar para alcançar números maiores.
Ele aponta a distribuição, o prazo de entrega e os preços dos nossos marketplaces como barreiras para esse crescimento.
A AliExpress, que chegou a ser meme por conta da demora na entrega, diminuiu o prazo de 3 meses para 12 dias em São Paulo após o recrutamento de quatro voos semanais para o país.
Nesse sentido, o prazo é realmente um problema do e-commerce brasileiro. De acordo com o levantamento Consumer Insights da Kantar, 16% dos consumidores se preocupam com o atraso nas entregas e não têm esperanças de que esse aspecto vai melhorar rapidamente.
Outra pesquisa, desta vez do Procon-SP (Órgão de Defesa do Consumidor em São Paulo), revelou que, em 2020, as reclamações referentes ao atraso nas entregas tiveram um aumento de 285% em relação a 2019, pulando de 78.419 para 301.674.
Na China, para reduzir o tempo de deslocamento, foram investidos milhões em infraestrutura. O governo construiu cerca de 39 mil quilômetros de trem de alta velocidade, melhorando, assim, os processos de distribuição.
No entanto, ainda há outras alternativas. A AliExpress passou a converter lojas de conveniência em minicentros de distribuição de seus produtos. Dessa forma, não só o prazo de entrega é reduzido, como também há geração de emprego.
Nesse sistema, o pequeno e médio empreendedor consegue montar um estoque de produtos sem a necessidade de investimento. Por meio do dropshipping, ele utiliza as mercadorias do Aliexpress, como se fosse revender. Portanto, além de satisfazer os clientes, a economia local também é estimulada.
Aliás, o último ponto levantado por Yan Di refere-se à revenda. Nesse sentido, ao comparar os preços praticados pelos maiores marketplaces do Brasil com a AliExpress, o preço das mercadorias chinesas é, em média, 39,2% mais barato. Isso faz com que muitos pequenos e médios empreendedores comprem da China para revender nos marketplaces brasileiros.
Ou seja, o prazo médio de entrega da gigante chinesa bate de frente com o prometido pelos e-commerces brasileiros. Entretanto, seus produtos são significativamente mais baratos. Assim sendo, é possível concluir que, atualmente, a gigante chinesa não possui concorrentes no país.
Aliás, nada impede que outras empresas asiáticas comecem a enxergar o potencial de crescimento do nosso e-commerce e migrar para o país. Portanto, trabalhar para que as mudanças necessárias que aqui apontamos sejam efetuadas é fundamental.
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